A Importância da Avaliação Postural na Prevenção de Lesões
Introdução A avaliação postural é um procedimento essencial na fisioterapia que permite identificar desequilíbrios e alterações na postura que podem levar a lesões. Na Tecnifisio, acreditamos que a prevenção é a chave, e por esse motivo realizar uma avaliação postural adequada pode evitar problemas de saúde, a longo prazo. Neste artigo, exploramos a importância da avaliação postural e como ela pode ajudar a prevenir lesões. O que é Avaliação Postural? A avaliação postural é uma análise detalhada da posição do corpo em repouso e em movimento, que envolve a realização de vários testes específicos permitindo avaliar alinhamento da coluna vertebral, equilíbrio muscular, e distribuição do peso. Benefícios da Avaliação Postural Os desequilíbrios musculares podem resultar na tensão excessiva em determinadas áreas do corpo, levando a dor e lesões. A avaliação postural permite identificar esses desequilíbrios, permitindo-nos criar um plano de tratamento personalizado para corrigi-los. Uma postura inadequada pode aumentar o risco de lesões, não só durante a realização de qualquer desporto ou atividade física, mas também no próprio dia a dia. Através da avaliação postural, podemos identificar e corrigir padrões de movimento inadequados, reduzindo significativamente o risco de lesões. Para atletas e indivíduos fisicamente ativos, uma postura correta é fundamental para a otimização da performance, visto que melhora a eficiência dos movimentos, resultando num melhor desempenho. Os problemas posturais são uma causa comum de dores crónicas, sendo as zonas comumente afetadas a coluna, o pescoço e os ombros. Identificar e corrigir problemas posturais, através da avaliação postural, pode aliviar significativamente a dor e melhorar a qualidade de vida (1)(2). Como a Avaliação Postural é realizada na Tecnifisio Na Tecnifisio, qualquer avaliação é realizada por um fisioterapeuta, através de parâmetros e testes específicos, de forma a obter resultados completos e fidedignos e desta forma adequar o tratamento/intervenção a cada utente. Na avaliação postural é recolhida a anamnese, para que o fisioterapeuta entenda a história clínica do utente, incluindo queixas de dor, lesões anteriores, hábitos do dia a dia. Segue-se a avaliação visual de várias posturas específicas, a análise do movimento e os testes musculares para avaliar a força e a flexibilidade. Posteriormente, em conjunto com o utente, é delineado o plano de tratamento onde o utente se familiariza com o Pilates Clínico– a metodologia que utilizamos na Tecnifisio para corrigir a postura, desequilíbrios musculares, fortalecimento das estruturas entre outras- Casos de Sucesso na Tecnifisio São inúmeros os utentes que viram, com os seus próprios olhos, os excelentes resultados do método Pilates Clínico na Correção Postural. A nossa equipa de fisioterapeutas atua em várias populações, nomeadamente: Temos ajudado inúmeros pacientes a melhorar a sua postura e prevenir lesões através de avaliações posturais precisas e intervenções eficazes. Aqui estão alguns exemplos de sucesso: Conclusão A avaliação postural é uma ferramenta poderosa na prevenção de lesões e principalmente na melhoria da qualidade de vida. Na Tecnifisio, estamos comprometidos em ajudar os nossos pacientes a alcançar uma postura correta e uma vida sem dor. Para mais informações ou para marcar uma consulta, visite o site oficial da Tecnifisio ou consulte os contactos da Tecnifisio. Referências
Linfedema – o Fisioterapeuta Cuida
O diagnóstico precoce e os avanços no cancro da mama permitiram um aumento da sobrevivência. Todavia, um novo desafio está presente, lidar com os eventuais efeitos…
As crianças têm dores nas costas! Verdadeiro ou Falso?
Como fisioterapeuta, muitas vezes verifico que existe uma tendência por parte dos adultos para acreditar, que as crianças não sentem dor nas costas e não apresentam alterações posturais. Será verdadeiro ou falso? Neste artigo esclarecemos! O desenvolvimento da coluna vertebral do bebé para a forma considerada normal (forma de S), acontece normalmente até ao primeiro ano de vida e pode dividir-se em quatro fases. – Quando nasce o bebé tem as costas “arredondada” em forma de C, ao que chamamos de cifose total- nesta fase nenhum dos músculos que ajudam a alinhar a coluna e suportar o peso do corpo tem força suficiente. – Por volta dos 3-4 meses de vida começa a conseguir segurar a cabeça sozinho – nesta fase, a curvatura da cervical (pescoço) começa a formar-se e fica ligeiramente curvada para dentro, originando uma lordose cervical. – Por volta dos 9 meses, aprede a sentar-se e os músculos da costas ficam mais fortes – nesta fase, a coluna vertebral permanece arredondada na região central da coluna, desenvolvendo uma cifose torácica. – Por fim, a região inferior das costas (região lombar) começa a curvar-se para dentro, criando assim uma lordose lombar – esta fase termina por volta dos 12-18 meses, quando aprende a andar. Durante os primeiros 4 anos de vida dá-se um rápido desenvolvimento da coluna vertebral e do sistema nervoso, por isso os anos pré-escolares são já de extrema importância para a “definição e estruturação” da coluna vertebral das crianças. TUDO COMEÇA AQUI! A postura corporal é definida como a relação de um segmento corporal com o outro e com o ambiente (Kandel et al., 2013), sofre influências e, por isso, pode vir a modificar-se no decorrer da vida, consequencia dos hábitos posturais, comportamentais ou até mesmo socioeconômicos (Noll et al., 2012). Uma postura inadequada pode resultar em vários problemas de saúde, como músculos do pescoço tensos, dores musculares, dores nos ombros, pescoço, costas e braços, dores de cabeça, má circulação, stress físico e mental e problemas relacionados com o sono. Mas… afinal é possível crianças apresentarem alterações posturais e dores nas costas? O período escolar é muito importante para o desenvolvimento do ser humano, pois é onde a criança recebe orientação e formação e permanece durante um longo período da sua vida. Existem evidências de que é durante este periodo que se iniciam as primeiras alterações posturais, e que a prevalência de problemas musculo-esqueléticos está a aumentar em crianças na idade escolar (Rajan & Koti, 2013). As alterações posturais e a dor nas costas afetam não só adultos, mas também crianças e adolescentes. Assim, ao iniciar a prevenção nos primeiros anos escolares, crianças e jovens podem aprender a adotar padrões de movimento e comportamentos posturais adequados. Quanto mais cedo se intervir a esse nível melhor! Desta forma, a criança aprende sem ter de corrigir padõres e hábitos inadequados adquiridos já de forma muito vincada (Santos et al., 2017). O que torna todo o processo muito mais simples! A questão que se coloca é: O que está na origem das alterações posturais das crianças? Este é um problema multifactorial. – Postura incorreta durante a utlização de tecnologia – computador, smartphone, consolas, etc. – Utilização de mochilas pesadas e de forma inadequada. – Levantar objetos de forma incorreta. – Manter posturas incorretas durante longos periodos de tempo sentado ou na posição de pé. – Falta de conhecimento sobre os cuidados a ter com as costas. – Diminuição da atividade física e aumento do sedentarismo. Estes fatores, podem ser agravados pelo ambiente escolar e educacional atual. Nas escolas não exitem móveis (cadeiras e mesas) ajustados à altura e estrutura de cada criança. Por outro lado, as crianças têm poucas oportunidades para se moverem ou mudarem de posição, acabando deste modo por permanecer na posição de sentado durante longos periodos de tempo. A juntar a isto, o avanço tecnológico, que se por um lado nos facilita a vida em diversos aspetos, por outro lado tem também consequências negativas. O corpo humado foi desenvolvido para se mover! Através do movimento desenvolvemos capacidades cognitivas e motoras como a coordenação, a força, a agilidade, o raciocínio lógico e até a autoconfiança. Nos tempos que correm, as brincadeiras na rua foram subtituídas pelos jogos de computador e consolas. Hoje as crianças têm um estilo de vida muito mais sedentário devido às novas tecnologias. O pesadelo da mochila! A utilização regular de mochilas escolares, frequentemente pesadas e desajustadas, apresenta uma multiplicidade de riscos, sobretudo durante o periodo de crescimento de uma criança (Mosaad DM, Abdel-Aziem AA, 2015; Silva D et al., 2016). As investigações destacam como principais consequências de carregar mochilas pesadas: Dor no pescoço. – Alterações posturais (alterações nas curvaturas da coluna vertebral). – Alterações do equilíbrio. – Dificuldade em realizar movimentos. – Diminuição da função ventilatória. – Alterações na pressão plantar e marcha – alterações no correto apoio do pé na marcha. O tansporte de material escolar é uma rotina diária que se repete durante anos consecutivos. Esta tem sido uma preocupação mundial, que tem levado pesquisadores de todo o mundo a desenvolver estudos na tentativa de justificar a quantidade de carga, que pode ser sustentada pelas crianças e jovens. Qual o peso que a mochila não deve ultrapassar? Como evitar o excesso de peso na mochila? Desde 1977 que existe refência científica à percentagem máxima de peso da mochila que uma criança pode transportar. Atualmente é aceite pela comunidade científica, que esta não deve exceder os 10% do peso corporal da criança, o que significa que o limite máximo será 1/8 do seu peso corporal (Voll H, Klimt F., 1977; Silva D, et al., 2016; Dockrell S, et al., 2016). Várias recomendações têm sido colocadas no sentido de colmatar as consequências do peso excessivo da mochila, nomeadamente melhorar o desing das mochilas; realizar programas de educação postural, como parte do currículo escolar; realizar rastreios regulares de avaliação postural e do peso da mochila; reduzir a carga/número de livros necessários; melhorar a gestão dos livros escola-casa; o uso de mochila com duas